sexta-feira, 18 de julho de 2008

Acrópole

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Um dia, fiquei maravilhado com tantas borboletas que adentraram minha casa. Eram de todas as cores: Amarelas metálicas azuis; Pretas alaranjadas beges; Azuladas de turquesa e jade; Encarnadas de flores! Terras! Matos! Águas! Céus! Raios! Nuvens! Noites! Chuvas! E de todos os tamanhos...Elas rodearam-me pousaram em mim e sobre todas as coisas.Dizem que quando uma borboleta entra em nossa casa ela vem trazendo bons presságios.
As borboletas são seres interessantíssimos, elas me deixam fascinado. Mas elas têm tão pouco tempo para voarem com o vento, beberem, beijarem e se embriagarem com todas as flores no jardim para eternizarem essa passagem tão eternamente momentânea.Eu descobri que todas aquelas borboletas belíssimas vieram se despedir de mim, e buscavam um canto calmo em minha casa e em minhas palavras para descansarem suas tão novas asas recém envelhecidas.E eu as vi morrendo felizes nesse túmulo, e foram instantes de tristeza que me fizeram refletir um pouco mais sobre a verdadeira finalidade da vida.Passamos tanto tempo nos matando lentamente, enquanto as borboletas passam tão pouco tempo vivendo intensamente.Então, sejamos borboletas!
Raimund Hazullw

2 comentários:

Anônimo disse...

do livro "nau dos viciados"

Anônimo disse...

Lindo, lindo,!! Me encantam as borboletas. Adoro vê-las.