sexta-feira, 4 de julho de 2008

Reflexo

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Às vezes almejo com dor,
não só o amor, mas o desejo
que nós tínhamos juntos.
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Como um vampiro, o anverso,
Queria, de novo, ver teu corpo
Irrefletido no espelho.
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E tomar-te no sonho...
e em igual proporção,
elevar-te do solo
ao cravar-te os meus dentes.
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Então, sorver o teu sangue quente,
sabendo entrementes,
de antemão, que o reflexo
da sombra que sou eu,
restará sempre convexo.
Ricardo S. Reis

9 comentários:

Anônimo disse...

E tomar-te no sonho...
e em igual proporção,
elevar-te do solo
ao cravar-te os meus dentes.


belissimo!

Anônimo disse...

sempre bom estar aqui...

Anônimo disse...

belos versos...
bjocas

Anônimo disse...

de muito bom gosto a estetica doblog...
parabens

Anônimo disse...

belo poema!
nao o conhecia ainda

Célia de Lima disse...

Como um vampiro...
Belo e inteligente poema.

Sempre um prazer ler os poetas que vc seleciona.

Abraços.

Anônimo disse...

Lindo poema!LiNDO MESMO! BJOSS

mundo azul disse...

Um belo poema!
Beijos de luz e uma semana feliz...

Pequena Poetiza disse...

ahhhhh ricardo reis
melhor q ele só o dono das mãos q conduz essas palavras
que conseguia ser vários em um só
meu querido fernando pessoa


bjos