quinta-feira, 12 de junho de 2008

Calados

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Momentos de silêncio simples e puro em sua companhia,
olhos nos olhos de janela da alma,
o não-dizer nunca disse tantas coisas como diz ao seu lado,
uma boca fechada nunca chupou tanto,
um corpo nunca servira como manto azul,
o meu bem-querer nunca fôra tão santo.
.
Tua respiração compassa meu sangue,
em nossas lágrimas transbordamos,
choramos pela felicidade plena de "estar"
viver momentos,
viver o momento,
com todos os percalços mundanos ajoelhados diante de nós,
diante da divina grandiosidade de nosso amor,
diante da perfeição,
diante da ausência de dor.
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Momentos que sinto calma,
a sagrada calma,
poder me deixar pela felicidade,
pelo sopro dos anjos,
me levando a porto seguro,
vila de ranchos.
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Momentos onde só é dito o verdadeiro:
"Eu te amo".
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Momentos onde só é dito o que se quer escutar.
Silas Delgado

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