sexta-feira, 27 de junho de 2008

Terra fértil no sertão

.
No ódio,
No ódio encontrou o almejado amor perdido,
para amor novo eis escolha,
foi obrigada a enfrentar o ódio antigo,
desfazer as mágoas de antes no agora.
.
Na ironia das linhas tortas e palavras certas,
teve que abrir mão do que seja:
orgulho, aprendizado, metas,
Em razão do primeiro beijo,
origem de setas.
.
Ponto final.
Início de outro capítulo.
Longo, único e último capítulo.
.
Deixou de olhar a sujeira no rosto do marginal,
para ver as janelas da alma do marginalizado.
Deixou de ouvir o barulho,
para escutar a canção da revolta entre linhas.
Deixou de ser parede,
para ser porta aberta.
.
Deixou de ser parede,
para ser porta aberta!
Silas Delgado

3 comentários:

Anônimo disse...

Gostei mesmo.

Anônimo disse...

Bonito esse poema!
Quanta desenvoltura!!
parabéns!

Cristiana Fonseca disse...

Belíssimo , lindo mesmo
bjs
cris